Um espaço para ter de tudo um pouquinho, um balaio, um cesto, com coisas de pegar e coisas pra pensar.
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Tem sempre gente querendo saber o que é o CUCA, como faz pra ser do CUCA, o que é ser do CUCA... A gente fica pensando nisso, tentando explicar, tentando se definir, mas só de olhar pra cara de cada um dá pra notar que, de igual, só há uma opinião: a gente não é uma coisa só!
Às quatro da manhã, uma conversa em Belo Horizonte vai por um lado interessante:
- ... mas a gente tem que pensar na singularidade, respeitar aquilo que é do indivíduo. O mundo é plural e nossa ação precisa atingir os indivíduos. E valorizar a diferença... Chamar os artistas, os CAs e construir junto com eles, em cima das nossas diferenças.
- Ok, mas há coisas que nos unificam, que a gente olha junto e se reconhece naquilo. Precisa haver coisas que nos conectem, se não, vira cada-um-por-si e a gente também não é assim.
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Vê se não é a velha tensão local-global? Ao mesmo tempo em que é um Ponto, uma ação local, são dez Pontos por todo o país. Dez ações locais, mas que conseguem olhar para fora e se identificar com coisas parecidas. Somos universitários querendo dialogar com as comunidades, com as culturas populares, seja no mundo urbano seja no mundo rural. Que pensa a cultura livre e os direitos autorais no meio disso tudo.
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Todos juntos, com suas singularidades, compõem a rede, que também é feita de ações nacionais, que pensam globalmente as questões da cultura e da política. A gente é local e é global. Por isso que não tem jeito, essa coluna tem que falar de, sei lá, mil coisas...
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COISAS DE PEGAR
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O Cd da Luciane Menezes (Luciane Menezes e Pau da Braúna, Independente, 2003) também são mil coisas. Mil coisas boas que dão vontade de ouvir mil vezes e dançar com mil pessoas diferentes. Tem marchinha, côco, ciranda, jongo... Dá pra sambar miudinho, em roda, sozinho em casa ou na night com a galera. Tem um instrumental rico e muito bem trabalhado, que casa perfeitamente com a voz da Luciane. O trabalho é fruto de uma pesquisa pesada da cantora sobre os ritmos do Brasil profundo, e o resultado é um mosaico sonoro com uma liga surpreendente. Vale a pena! Mais sobre a artista em: http://www.samba-choro.com.br/artistas/lucianemenezes.
2 comentários:
Fico orgulhoso de vc!
Massa demais Aline! Bote pra quebrar!!! Já quero ler sua próxima coluna! Quando sai?! hehehee Continue!!!
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